Manoel Viana continua sofrendo com a grande quantidade de chuva dos últimos dias. Após as grandes precipitações de novembro e dezembro que já vinham causando grandes prejuízos às estradas do interior do município, a segunda semana de janeiro teve início com mais chuvas e previsão de instabilidade para os próximos dias, podendo o tempo se manter assim até a próxima semana.
Com isso o município decretou oficialmente nesta quinta-feira (10) situação de emergência. O decreto foi expedido tendo em vista que as precipitações pluviométricas extrapolaram a normalidade e há previsão de mais chuva para os próximos dias. Segundo a Defesa Civil, em pouco mais de 24h foram registrados mais de 300mm de precipitação.
O município começou contabilizando prejuízos com o temporal da madrugada do dia 09. Durante o qual o vento derrubou o pórtico de entrada do Parque de Exposições e um silo de grãos. A enxurrada, também, arrastou o trecho de uma estrada do interior, no Arroio Bravo. No local havia bueiros e um planchão.
Caos no interior do município
Além dos problemas das estradas que inclusive deixou moradores isolados, sem abastecimento de energia elétrica, telefone e acesso a cidade, o caos se instaurou com os produtores do município.
Produtores têm sofrido muito também, conforme levantamento preliminar divulgado pelo responsável pela Emater/Manoel Viana – Leandro Vezzosi, os produtores de leite tem registrado um grande prejuízo com perda de 3 a 4 mil litros por dia, devido ao estado das estradas que não permite a escoação, e também com ausência de energia que não permite o armazenamento.
As lavouras de arroz são outras que terão grande perda, com mais de 300 hectares alagadas, e área que deve continuar a crescer, pois o rio continua a subir, sendo que o arroz permanecendo por mais de 72h debaixo d’água começa a morrer.
Outras culturas, de maior importância para o município que também sofreram, são a da soja e a do milho, que tiveram prejuízo com as rajadas de ventos e a forte correnteza das chuvas que lavaram os solos.
Problemas na área urbana
Conforme a Defesa Civil do município, os fortes ventos e as chuvas provocaram maiores danos na área ambiental afetando mais árvores como Cinamomo e Uva do Japão, as quais são mais frágeis e suscetíveis a sofrerem com as intempéries do clima, segundo a secretaria de Meio Ambiente, Luiza Andreia Meus.
Quanto a danos materiais relacionados a residências, foram esporádicas as quais sofreram algum tipo de prejuízo, conforme os registros recebidos pela Defesa Civil. Os maiores problemas foram quanto algumas ruas que ficaram intrafegáveis, e que devem receber atenção assim que o solo permitir a atuação do maquinário.
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