“A leitura transforma e liberta”, este foi o tema que guiou os eventos do fim de semana durante a 3ª edição da Feira do Livro de Manoel Viana, que trouxe expositores e atrações para os mais variados gostos e públicos. A feira teve como organizadores o Executivo Municipal por meio da Secretaria de Educação e Cultura, e o Sesc – Alegrete.
A programação teve início ainda na quinta-feira (18) com a realização do sarau poético, em que o público pode apreciar música ao vivo, além de participar de uma roda de leitura de poesias e poemas, de autores convidados da feira e, também, de autoria própria.
Já na sexta a programação foi focada nas escolas, com a exposição de trabalhos, palestras, contação de histórias, além da mostra “Literatura de Cordel”. Durante a parte da tarde o destaque ficou por conta da presença do patrono da feira, Walmor Santos. O autor conversou e compartilhou experiências com os alunos sobre suas obras e, também, respondeu a perguntas do público. Em seguida, Walmor participou de uma sessão de autógrafos.
Ao findar da tarde, a programação apresentou a exibição de curtas metragens, sendo dois produzidos por alunos de escolas do município – “Bioma Pampa” produzido pela Escola Estadual Manoel Viana, e “A Batalha do Sanduíche” da Escola Municipal Alberto Pasqualini. O curta “E se tudo der certo”, produzido pela Escola Lions Clube – de Alegrete, encerrava a programação da tarde e já dava espalho para mais um evento.
O primeiro dia de feira se encerrava com a Abertura Oficial, que contou com a presença de autoridades, seguido da mesa temática “A leitura transforma e liberta”, com o patrono Walmor Santos, além dos autores Adriana Scherner e Rodrigo Neres.
Imersão na literatura
Durante o segundo dia, no sábado o público pode participar de diversas oficinas no decorrer da manhã, com temáticas como a “criação de contos”, de “leitura de contos em voz alta”, “escrita literária: prática e produção textual” – com Marcelo Rocha, ganhador do prêmio Açorianos de Literatura, de 2013 –, “contação de histórias” – com Angélica Rizzi, ganhadora do Açorianos de Música, intérprete de 2018 –, além da “roda de conversa sobre literatura negra” e a oficina de “escrita criativa: mulher negra, meu corpo minha voz”.
Na parte da tarde, os destaques da programação ficaram por conta do projeto “Leia Mulheres” e da mesa “A produção literária no Rio Grande do Sul” com os escritores Marcelo Rocha, Angélica Rizzi, Ronaldo Prestes Gomes, Antônio Augusto Biermann Pinto, Fábio Monteiro e Walmor Santos, além do lançamento do livro “Ensaios da vida”, do jornalista e empresário João Lemes.
Encerrando o segundo dia, Angélica Rizzi, acompanhada do músico Davi Moreira, apresentou o “Sarau Poetas Iluminadas”. O sarau, apresentado de forma itinerante há mais de uma década, trouxe uma homenagem às artistas mulheres, revelando detalhes da trajetória de Angélica na música, jornalismo e literatura, sendo permeado por canções autorais e releituras de sucessos do pop/rock e da MPB.
Encerrando mais uma edição
O último, domingo (21), foi de apresentações artísticas e espetáculo que lotaram o Salão Paroquial. Durante a tarde o público apreciou apresentações culturais do município, além da exposição de trabalhos de pesquisa desenvolvidos por alunos da Escola Manoel Viana, sobre o pampa gaúcho.
Em seguida foi a vez da apresentação do Ballet Ballerina – de Alegrete, cativar a audiência com coreografias reconhecidas e premiadas no mundo da dança. Finalizando com o espetáculo “Circo Espelunca” que arrancou muitas gargalhadas do público composto por todas as idades, dos mais velhos aos mais novos.
No encerramento a secretária de Educação, Cultura, Turismo e Desporto, Ana Margaret Migotto, fez questão de agradecer a parceria de cada um que trabalhou arduamente para que a proposta de mais uma feira se concretizasse. Ana ainda destacou a importante parceria do Sesc – Alegrete, representado na figura de Paulo Amaral.
Por fim a secretária enalteceu o envolvimento de todos, professores, alunos e público em geral que passou pela feira durante o fim de semana, reforçando a ideia de um povo com cultura e que dá seu devido valor a literatura, é um povo sábio e que evolui.