Assentamento produz mais de 400 hectares de arroz orgânico no município

Agropecuária e Meio Ambiente Notícias

O arroz orgânico é o produto ideal para quem busca o máximo de nutrientes com mais sabor, pois não possui insumos artificiais como agrotóxicos. Para isso é preciso um terreno que forneça os nutrientes necessários para o bom desenvolvimento da cultura, e é em Manoel Viana que a Associação de Produtores Orgânicos – do Assentamento Santa Maria do Ibicuí, encontrou o cenário perfeito.

São mais de 420 hectares de arroz orgânicos produzindo cerca de 130 sacas por hectare, neste ano, relata um dos produtores – João Carlos Amaral. De acordo com ele, o terreno é cultivado pela Associação que é composta por 48 famílias que cultivam entre 16 e 25 hectares, cada.

A secretária de Agropecuária, Desenvolvimento Rural, Meio Ambiente, Pesca e Cooperativismo – Luiza Meus, revela que o solo é excelente para a produção do arroz orgânico devido a riqueza de nutrientes naturalmente encontrada nele, também fruto dos ciclos da natureza que contribuem para manter a terra fértil.

Com a riqueza do solo, o cultivo fica livre da necessidade de insumos que quando necessário são utilizados, “o adubo orgânico ou o calcário, que são insumos naturais e, ainda assim, são casos de raríssimas exceções”, explica a secretária.

O produtor João Carlos explica a relação de produção do arroz orgânico e convencional, onde o orgânico perde por uma diferença mínima na proporção de sacas colhidas por hectare, mas ganha quanto ao valor de mercado, que chega a ser vendido com 20% a mais que o convencional. Com a vantagem de que se estará usufruindo de um produto livre de agentes nocivos e agrotóxicos.

Ainda, conforme João Carlos, o produto colhido aqui é transportado até Eldorado do Sul, onde é realizado o beneficiamento dos grãos, através da Cootap – Cooperativa dos Trabalhadores Assentados da Região de Porto Alegre. Em seguida, o produto é destinado ao PAA – Programa de Aquisição de Alimentos, que se trata de uma ação do Governo Federal para colaborar com o enfrentamento da fome e da pobreza no Brasil e, ao mesmo tempo, fortalecer a agricultura familiar. E também ao PNAE – Programa Nacional de Alimentação Escolar, o qual oferece alimentação escolar e ações de educação alimentar e nutricional a estudantes de todas as etapas da educação básica pública. Através do qual o produto retorna para o município na merenda escolar.

O produto também pode ser encontrado em gondolas de grandes mercados, voltados a produtos naturais e orgânicos, inclusive em Alegrete. De acordo com João Carlos, a colheita que teve início no dia 12 de março, ainda deve se estender por outros 20 dias – aproximados, “isso se o clima permitir”, finaliza ele.

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